O Governo admitiu o Abanca, o Banco de Crédito Social Cooperativo e o Cerberus European Investments para passar à fase seguinte do processo de alienação das ações da Caixa Geral de Depósitos no Banco Caixa Geral, a rede da CGD em Espanha.

A decisão foi publicada hoje em Diário da República e decorre da reunião do Conselho de Ministros da passada quinta-feira.

A CGD recebeu sete intenções de aquisição do Banco Caixa Geral, “das quais seis foram efetivadas”. O Governo selecionou dois bancos espanhóis – o Abanca e o Banco de Crédito Social Cooperativo – e o fundo norte-americano Cerebrus, deixando de fora a Caja Rural Castilla La Mancha, o Socrates Capital Holdings Limited e o Weston Hill Asset Management. A não seleção da Caja Rural, explicou o Governo, deveu-se “ao preço indicativo apresentado para a aquisição”.

Em Espanha, a CGD detém uma rede comercial de 110 balcões.

O executivo também escolheu quatro candidatos para venda das ações da Caixa no sul-africano Mercantile Bank: o Consórcio Arise B.V e Grindrod Limited (por intermédio do Grindrod Bank Limited), o Capitec Bank Limited, o Nedbank Group Limited e o Consórcio Riqueza, composto pela Public Investment Corporation SOC Limited (em nome do Government Employees Pension Fund) e Bayport Financial Services Limited.

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O Estado português, através da CGD, convidou 99 potenciais investidores à compra das ações do Mercantile. Acabou por receber 18 intenções de aquisição.

“Em virtude da não observância, ou observância em termos pouco satisfatórios, dos critérios de seleção”, indicou o governo, não foram selecionados 14 potenciais investidores: Africa Rising Holdings Limited, o Consórcio Barbican + RiverRock, o Bele Life Limited, Bidvest Group Limited,Consórcio Capricorn + ARC, Elgacol Limited, Ellada Holdings, Consórcio Ignite, Kleoss Capital, Numsa Investment Company Limited, Pomithafa Logistics Limited, Sasfin Holdings Limited, Taxi Investment Holdings Limited e Consórcio Zweliyaduma.

O Governo dá assim autorização à CGD para que dirija convites aos sete selecionados para a fase seguinte.

No entanto, o executivo ressalva que a sua decisão é tomada “sem prejuízo da possibilidade de poder vir a selecionar-se um ou mais potenciais investidores não selecionados, caso tal se afigure necessário para garantir a competitividade durante a segunda fase do processo ou para garantir o próprio sucesso da operação“.

A redução da operação da CGD fora de Portugal foi acertado no ano passado com a Comissão Europeia, como contrapartida da recapitalização do banco público. O acordo com Bruxelas prevê que a alienação destes negócios fique concluída até ao final do ano.

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A Caixa Geral de Depósitos teve lucros 68 milhões de euros no primeiro trimestre do ano (face a prejuízos de 38,6 milhões de euros no mesmo período em 2017). Quase 40 milhões de euros de lucros tiveram origem na atividade fora de Portugal.