A senadora brasileira Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores, foi absolvida terça-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) das acusações imputadas pela Procuradoria-Geral da República sobre corrupção, na sequência da operação Lava Jato.

A senadora, que preside o PT desde o ano passado, foi absolvida por unanimidade pelos cinco juízes do STF, que rejeitaram assim as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro na empresa estatal Petrobras.

De acordo com os magistrados, apesar de o Ministério Público ter alegado a existência de indícios que a comprometiam em matérias de corrupção e lavagem de dinheiro, não foram apresentadas provas materiais suficientemente fortes que provassem o envolvimento da senadora.

O juiz Edson Fachin, instrutor do caso, declarou ainda ter registado contradições nas acusações do MP. Para além da senadora foram ainda absolvidos os dois outros arguidos: Paulo Bernardo Silva, na altura ministro do Planeamento e Transportes e marido da senadora, e o empresário Ernesto Kugler.

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Gleisi Hoffmann foi acusada de receber um milhão de reais (230 mil euros) da Petrobras, durante a campanha eleitoral nas eleições de 2010. Ainda nesta terça-feira, o STF marcou para a próxima terça-feira o julgamento de um pedido da defesa do ex-Presidente Lula da Silva para suspender a sua prisão.

A defesa de Lula da Silva pediu a suspensão da execução da pena de 12 anos e um mês de prisão, num caso que envolve um apartamento e luxo na cidade brasileiro do Guarujá, que lhe teria sido dado como suborno pela construtora OAS em troca de vantagens em contratos com a petrolífera estatal Petrobras.

Se o recurso for aceite pelos juízes, o antigo chefe de Estado brasileiro poderá aguardar em liberdade, enquanto outros recursos deste processo são julgados nas instâncias superiores. A defesa também pediu a suspensão da inelegibilidade de Lula da Silva.