O Presidente angolano, João Lourenço, defendeu esta terça-feira que os países lusófonos devem definir um “escopo de colaboração realista” no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e pediu “uma reflexão futura” sobre o futuro da organização.
“Apesar de os nossos países poderem colaborar com outras organizações, é importante que a CPLP defina um escopo de colaboração realista, de modo a não alargar o âmbito da sua ação, devendo sempre agir no estrito respeito das regras internas de funcionamento dos Estados que a integram”, afirmou o chefe de Estado angolano, intervindo na abertura da XII conferência de chefes de Estado e de Governo da organização lusófona, que começou esta terça-feira em Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde.
João Lourenço referiu, por outro lado, que a organização tem “vindo a registar um crescente interesse por parte de muitos países em aderir à CPLP como membros efetivos ou observadores”. “Se por um lado isso traduz o reconhecimento da importância e projeção da nossa organização, por outro leva-nos a fazer uma reflexão profunda sobre o que pretendemos para o seu futuro”, comentou.
O Presidente angolano expressou, no início da sua intervenção, a “grande honra e satisfação” por participar pela primeira vez numa cimeira da CPLP, após a sua eleição em setembro de 2017. A cimeira da CPLP que decorre na ilha cabo-vediana do Sal asinala a passagem da presidência da organização do Brasil para Cabo Verde.