A Tesla conseguiu bater vários recordes em apenas três meses. Somou vendas acima de 717 milhões de dólares (614 milhões de euros) no segundo trimestre do ano, período em que também registou perdas de 430 milhões de dólares (cerca de 368 milhões de euros), as maiores da sua história.

Ainda assim, os mercados financeiros não entraram em pânico nem emitiram sinais de alerta. Primeiro, porque os investidores esperavam números muito piores, depois porque a empresa de Elon Musk garantiu metas de produção que muitos consideravam difíceis de atingir. E, por fim, porque a companhia fechou junho com um cash flow na ordem dos 2,2 mil milhões de dólares (mais de 1,8 mil milhões de euros).

Perante este cenário, Wall Street deu tréguas a Elon Musk — até porque, ao contrário do que receavam os investidores, a Tesla não tem precisado de de mais crédito para financiar a sua atividade e tem mesmo diminuído o ritmo a que ‘queima’ as suas reservas financeiras.

Outro ponto que também joga a favor da empresa é o facto de, após vários problemas, estar finalmente a cumprir metas de produção: na última semana de junho, saíram da fábrica 5.000 unidades do Model 3. E a fasquia mantém-se alta. A Tesla anunciou que pretende chegar aos 6.000 carros já no final deste mês e produzir 10 mil unidades por semana “o mais rápido possível”, o que pode faer com que feche o atual trimestre com 50 mil a 55 mil automóveis produzidos. Objetivos que serão decisivos para manter a confiança dos investidores, receosos com os longos tempos de espera dos clientes pelos carros novos e também pela demora da Tesla em lançar no mercado um modelo mais barato, com um preço a partir de 35 mil dólares (menos de 30 mil euros)

As ações da Tesla estão agora a valer 312 dólares, depois de um dia em que o preço saltitou entre subidas de 4,5% e quedas de 1,4%, tendo fechado a sessão desta quarta-feira cotadas a 300,84 dólares.

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