O défice conjunto das balanças corrente e de capital foi de 1.678 milhões de euros em junho, um agravamento face aos 836 milhões de euros registados em igual mês de 2017, divulgou esta terça-feira o Banco de Portugal (BdP).

“Para esta evolução contribuíram, sobretudo, as balanças de bens e de rendimento primário”, justifica o banco central nas estatísticas da balança de pagamentos relativas a junho último. De acordo com o BdP, as balanças de bens e de serviços “tiveram evoluções distintas” face ao período homólogo de 2017.

O défice da balança de bens aumentou 1.062 milhões de euros, enquanto o excedente da balança de serviços cresceu 662 milhões de euros, essencialmente devido à rubrica de viagens e turismo, cujo saldo passou de 3.953 milhões de euros para 4.637 milhões de euros”, prossegue o banco central.

Até junho, as exportações de bens e serviços cresceram 7%, sendo que no primeiro o aumento foi de 6,8% e no segundo a subida foi de 7,4%. As importações aumentaram 8,1% (8,9% nos bens e 4,5% nos serviços).

O défice da balança de rendimento primário aumentou 451 milhões de euros para 3.611 milhões de euros, devido ao efeito conjunto da redução dos dividendos recebidos e do aumento dos dividendos pagos ao exterior”, refere.

Nos primeiros seis meses do ano, o saldo da balança financeira registou uma redução dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior de 1.334 milhões de euros, destacando-se “o aumento de passivos das sociedades não financeiras, resultante do investimento de não residentes em títulos de capital”, conclui o Banco de Portugal.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR