Dois novos ataques no Iémen, na quinta-feira, provocaram a morte de pelo menos 26 criança, com os rebeldes e a coligação liderada pela Arábia Saudita a acusarem-se mutuamente de serem responsáveis pelo sucedido.

Segundo as Nações Unidas, 22 crianças e quatro mulheres morreram enquanto fugiam do conflito na região Al-Douraïhimim no sul de Hodeida, cidade detida por rebelde. Num segundo incidente, quatro crianças morreram na sequência de um ataque aéreo na região.

Os ataque aconteceu na zona Oeste do país, onde a coligação militar intervém desde 2015, do lado do governo, contra os rebeldes Houthis que tomaram vastas áreas do território, incluindo a capital, Sanaa. De acordo com os meios de comunicação social afetos aos rebeldes, citados pela Agência France Presse (AFP), pelo menos 31 pessoas, entre as quais mulheres e crianças, morreram ou ficaram feridas em ataques aéreos a um autocarro e a uma casa na região de Al-Douraïhimi, a sul de Hodeida. A agência Saba, dos rebeldes, disse tratar-se de um balanço provisório.

Por outro lado, a agência WAM, dos Emirados Árabes Unidos, um dos elementos da coligação, afirmou que os Houthis dispararam um míssil “balístico fabricado no Irão” contra os civis, matando uma criança e ferindo dezenas de outras, três delas com gravidade. Os balanços feitos pelos dois lados não puderam ser confirmados de forma independente. Neste conflito, a Arábia Saudita, vizinho do Iémen, acusa o Irão, o seu rival regional, de fornecer mísseis balísticos aos Houthis, algo que Teerão desmente.

A região de Al-Douraïhimi, a cerca de vinte quilómetros a sul de Hodeida, tem sido nas últimas semanas palco de combates entre os rebeldes e as forças pró-governamentais, lideradas pelas forças dos Emirados. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o conflito no Iémen já provocou cerca de 10 mil mortos.

[artigo atualizado às 22h23]

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