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Os alarmes antiaéreos soaram esta segunda-feira na cidade de Eilat, no sul de Israel, devido à presença de um possível drone lançado pelos rebeldes houthis do Iémen, disseram as autoridades israelitas.

“Um alerta foi ativado em áreas que podem estar em perigo”, na sequência da “entrada de uma aeronave suspeita de ser hostil no espaço aéreo israelita”, avisou a proteção civil de Israel pedindo à população para procurar refúgio. Também as Forças de Defesa de Israel (IDF na sigla inglesa) na rede social X (antigo Twitter), referiram o que pode ter sido um drone que caiu no golfe de Eilat, sem que tivesse causado feridos ou danos relevantes.

Os alarmes foram desativados pouco depois, sem que as autoridades tenham adiantado mais pormenores. Os houthis também não fizeram até ao momento qualquer comentário.

Os rebeldes iemenitas defenderam, em numerosas ocasiões, ataques contra Eilat, situada nas margens do mar Vermelho, em retaliação pela ofensiva israelita contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

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No domingo, o exército dos Estados Unidos disse ter destruído dois aparelhos aéreos não tripulados, conhecidos como drones, lançados pelos houthis.

O Comando Central militar dos EUA (Centcom) disse que um drone foi destruído quando já sobrevoava o mar Vermelho, uma rota marítima crucial para o comércio mundial, enquanto o outro foi destruído no solo, numa área do Iémen controlada pelos houthis.

“Estas ações são necessárias para proteger as nossas forças, garantir a liberdade de navegação e tornar as águas internacionais mais seguras e protegidas para os EUA, a coligação e os navios mercantes”, disse o Centcom, em comunicado.

Os houthis começaram por lançar ataques contra território israelita e contra navios com alguma ligação a Israel, na sequência de uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza que já causou mais de 31.500 mortos, de acordo com o Hamas, no poder no enclave desde 2007.

Israel e o Hamas estão em guerra desde 7 de outubro, quando comandos do grupo islamita palestiniano mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram cerca de 150, num ataque sem precedentes em solo israelita.

As ações dos houthis obrigaram muitos armadores a suspender a passagem pelas rotas marítimas do mar Vermelho, levando os EUA a reunir uma coligação internacional para garantir a segurança nesta zona.

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Em resposta, os rebeldes do Iémen começaram também a atacar navios ligados aos Estados Unidos e ao Reino Unido.

O Fundo Monetário Internacional indicou que o transporte marítimo de contentores através do mar Vermelho e do golfo de Aden diminuiu quase 30% num ano.

Antes da guerra, entre 12% e 15% do tráfego mundial passava pela rota do mar Vermelho, de acordo com a União Europeia.

No início de março, o líder dos rebeldes Abdel Malek al-Houthi prometeu que os houthis vão “continuar e expandir o intuito das operações”, para evitar que navios “atravessem o oceano Índico e vão da África do Sul para o cabo da Boa Esperança”.

Em guerra há mais de uma década, o Iémen é considerado o país mais pobre da Península Arábica.