Uma embarcação com um número desconhecido de tripulantes afundou-se no domingo no norte da Austrália. A zona de Queensland, assim se chama a área onde ocorreu o naufrágio, é conhecida pelas suas águas infestadas de crocodilos. A boa notícia é que as autoridades já encontraram a norte de Cairns cerca de 15 cidadãos de nacionalidade estrangeira que abandonaram o barco.

Os sobreviventes terão que evitar crocodilos, cobras venenosas e casuares gigantes — uma das aves mais mortais e mais agressivas do mundo — na floresta tropical de Daintree.

Para já, é desconhecido se as pessoas a bordo se encontravam a pescar ilegalmente ou se se tratavam de migrantes que procuravam entrar no país de forma ilegal. O The Guardian avança que o alarme foi dado pelos habitantes locais que testemunharam várias pessoas que se encontravam a bordo do barco a fugir em direção às águas repletas de crocodilos de água salgada.

O Ministério do Interior australiano afirmou que, para já, a prioridade das autoridades é resgatar toda a gente com vida. Não se sabe quantas pessoas estariam a bordo do navio, mas as forças policiais dos serviços de controlo de fronteiras australianos já detiveram 15 pessoas, pelo menos 11 delas de nacionalidade vietnamita, de acordo com o ministro da polícia, Mark Ryan.

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[Os detidos] Vão ser avaliados pela força de controlo de fronteiras e serão sujeitos à lei australiana”, afirmou Mark Ryan ao The Guardian.

A Austrália é um país com um controlo de fronteiras muito apertado. Caso se trate de um navio de transporte de migrantes, este seria o primeiro a chegar com sucesso à costa da Austrália. Quando um navio carregado de migrantes é detetado pelas autoridades australianas, os migrantes são reencaminhados para “centros de processamento” nas ilhas de Nauru e na Ilha Manus, da Papua-Nova Guiné.

Nesses “centros de processamento”, os migrantes ficam impedidos passam a ter três hipóteses: regressar a casa, estabelecerem-se nas ilhas de Manus ou Nauru ou ir para um terceiro país.

Em 2016, o país debateu a hipótese de barrar “perpetuamente” a entrada a qualquer refugiado ou migrante que entre no país de barco.