Pelo menos 48 islamitas e oito soldados do Chade morreram esta quarta-feira na região do Lago Chade em confrontos com jihadistas do Boko Haram, anunciou o porta-voz do exército em N’Djamena, capital do país, Azem.

“Os terroristas do Boko Haram atacaram esta manhã a posição das forças de defesa na localidade de Kaiga Kindji”, referiu Azem.

O porta-voz do exército acrescentou que o ataque foi “vigorosamente repelido” e que provocou oito mortos e 11 feridos entre os soldados do Chade e 48 mortos do lado dos atacantes.

Embora o Chade seja menos afetado pelo grupo jihadista do que a vizinha Nigéria, tem-se registado recentemente um aumento na violência do grupo extremista Boko Haram naquele país.

No início de outubro, o grupo Boko Haram lançou um ataque de morteiro contra um campo militar em Litri, localizado a quatro quilómetros da fronteira com a Nigéria, na região do Lago Chade, que provocou a morte de um soldado do Chade.

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Em finais de setembro, seis pessoas, incluindo dois soldados, foram mortas num ataque nas margens do Lago Chade por Boko Haram, que perdeu 17 jihadistas mortos pelo exército.

O exército do Chade, uma força multinacional mista (FMM), que reúne forças da sub-região e comités de vigilância, está a tentar repelir os jihadistas do Boko Haram que começaram o seu avanço no Chade em 2015.

O Boko Haram, oriundo da Nigéria, opera em todos os países da zona do Lago Chade, Nigéria, Chade, Camarões e Níger onde comete ataques contra a polícia e sequestros.

Segundo fontes militares nigerianas, nas últimas semanas, o exército nigeriano intensificou as suas operações na região do Lago Chade, incluindo ataques aéreos contra o grupo jihadista.

A ação do grupo jihadista, que começou na Nigéria, em 2009, provocou pelo menos 27.000 mortos e causou uma séria crise humanitária com 1,8 milhões de deslocados.