Rosa Maria da Cruz, a portuguesa emigrada em França, foi condenada esta sexta-feira a cinco anos de prisão efetiva — três deles com pena suspensa — por ter mantido a filha, Serena, no porta-bagagens do carro, desde que nasceu. A mulher foi ainda condenada a acompanhamento sócio-judicial ao longo de cinco anos.

A filha foi descoberta em outubro de 2013, por Denis Latour, funcionário da garagem de mecânica, onde Rosa Maria da Cruz levou o carro, um Peugeot 307, que estava com problemas. A “menina” tinha dois anos e chamava-se Serena. Pesava menos de oito quilos e tinha cerca de 70 centímetros. Estava rodeada de sacos do lixo e fezes.

Descobri esta menina no fundo do porta-bagagens, nua, ao lado de uma alcofa podre, nojenta. Dei um salto para trás tal era o cheiro”, disse o funcionário.

“Na mala do carro havia larvas, moscas, minhocas, fezes e fraldas sujas. O cheiro era nauseabundo. Ela viveu longos meses naquele estado de negligência”. O relato é de um polícia que foi chamado ao local, ouvido como testemunha no tribunal em Tulle, onde, Rosa Maria da Cruz, de 50 anos, foi julgada.

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