A 17 de novembro, era notícia que a agência de serviços de informação dos Estados Unidos da América, a CIA, concluiu que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, foi quem deu a ordem para o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado do país em Istambul, na Turquia, a 2 de outubro — o mais provável é que o jornalista tenha sido executado e desmembrado, já que o seu corpo nunca foi encontrado.

Esta quinta-feira, quando questionado sobre o relatório da CIA, originalmente publicado há uma semana pelo The Washington Post, Donald Trump insistiu que a agência “não concluiu” nada. “Eles não concluíram. Eles não chegaram a uma conclusão. (…) Eu tenho o relatório… eles não concluíram, não sei se alguém vai ser capaz de concluir que o príncipe saudita fê-lo”, disse aos jornalistas em Palm Beach, no estado da Flórida, citado pelo britânico The Guardian.

CIA conclui que príncipe herdeiro saudita terá dado ordem para matar jornalista

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Quer tenha feito, quer não, ele nega-o veementemente. O pai dele, o rei, nega veementemente”, continuou o presidente dos Estados Unidos, falando da Arábia Saudita como “um aliado muito forte”. “Eles não cometeram esta atrocidade, e é uma atrocidade, é uma coisa terrível. (…) Mas o facto é que eles têm sido um aliado muito forte, criam riqueza tremenda com as suas compras, mas, mais importante, eles mantém o preço do petróleo baixo.”

Trump. Arábia Saudita vai continuar a ser “um parceiro firme”, mesmo depois do assassinato de Khashoggi

Segundo a NBC, Donald Trump foi ainda mais longe na sua intervenção: “As pessoas querem mesmo que eu abdique de centenas de milhares de empregos? Honestamente, se fossemos por aí não poderíamos ter ninguém como aliado, porque olhem para o que acontece ao redor do mundo”.