A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) considerou esta sexta-feira insuficientes os 600 novos polícias que vão iniciar formação em 2019, tendo em conta que o atual efetivo da PSP está envelhecido e é reduzido. “Este número fica muito aquém das necessidades”, disse à agência Lusa o presidente da ASPP.

Paulo Rodrigues reagia ao anúncio feito esta sexta-feira pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, da abertura de um novo curso de formação de agentes da PSP com 600 vagas no próximo ano. O sindicalista sublinhou que este número “é melhor do que em 2018”, que foram 400, mas não vai reforçar a PSP.

O presidente da ASPP avançou que, no próximo ano, deviam ser admitidos 1.000 novos polícias, número que, apesar de “não resolver totalmente o problema”, iria conseguir “repor algumas das dificuldades” que são sentidas no efetivo. O sindicalista recordou a “situação difícil” da Polícia de Segurança Pública, que tem um efetivo “reduzido e envelhecido” e coloca “grandes problemas na gestão do serviço operacional”.

Paulo Rodrigues frisou também que o estatuto profissional previa a entrada anual de 800 novos elementos entre 2016 e 2020, mas tal ainda não se verificou. Por isso, sustentou, se fossem admitidos 1.000 novos polícias em 2019 seria uma forma de “compensar a fasquia dos 800, que nunca foi cumprida”.

O anúncio dos novos elementos foi feito na Escola Prática de Polícia, em Torres Novas (Santarém), durante a cerimónia de encerramento do curso de formação de cerca de 400 elementos da PSP que, a partir da próxima semana, serão colocados por todo o país.

O ministro da Administração Interna afirmou que o próximo curso, para 600 elementos, representa um crescimento de 50%, sendo “um dos maiores dos últimos tempos”.

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