A exposição “Photo Ark”, um projeto com o selo da National Geographic assinado pelo fotógrafo Joel Sartore, vai estar na Cordoaria Nacional de Lisboa até 5 de maio do próximo ano. Esta é a exposição mais visitada de sempre da National Geographic e já considerada “a maior arca fotográfica” do mundo: precisa de 500 metros quadrados para poder ser vista. Mas “Photo Ark” é ainda mais especial para os portugueses: das mais de 100 fotografias expostas, doze foram tiradas em Portugal. E metade delas nunca tinham sido apresentadas por cá.

A história de “Photo Ark” começa em 2005, quando a mulher de Joel Sartore, Kathy, foi diagnosticada com cancro da mama. O fotógrafo decidiu fazer uma pausa na carreira para se dedicar à família. Mas enquanto cuidava da mulher — que teve de passar por várias sessões de quimioterapia, tratamentos de radiação e intervenções cirúrgicas — havia uma pergunta que lhe perseguia: se tratamos das pessoas, como poderia ele “levá-las a preocuparem-se com o facto de podermos perder metade de todas as espécies do mundo até ao final do século?”.

A resposta à pergunta é desvendada nesta exposição, que mostra mais de 12 mil espécies em cativeiro. A primeira fotografia de todas foi tirada em 2006 num jardim zoológico que havia perto da casa de Joel Sartore — o Jardim Zoológico Infantil de Lincoln. Como era amigo do presidente da instituição, o fotógrafo pediu autorização para fotografar alguns animais. Só precisava de um fundo branco e um animal que permanecesse quieto. Esse animal acabou por ser um rato-toupeira-pelado.

À medida que enchia a “arca fotográfica”, Joel Sartore passou três vezes por Portugal. Por cá encontrou-se com um lobo ibérico, uma girafa-de-angola, uma lebre ibérica e um caimão, por exemplo. No total, foram 12 as fotografias que o artista da National Geographic captou no país. Uma delas, tirada em abril deste ano, é importante porque representa a espécie número 8 mil a entrar na “arca”: era a toupeira-de-água, um pequeno mamífero em vias de extinção que vive em cursos de água e que Joel Sartore encontrou numa propriedade no Douro.

Quem quiser visitar a exposição pode fazê-lo a qualquer dia semana por entre quatro e 24 euros, mas crianças em infantário ou até aos quatro anos não pagam. A exibição abriu portas a 28 de novembro. E também a pode espreitar na fotogaleria lá em cima.

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