Perto de 2.000 pessoas foram identificadas em França no sábado no âmbito dos protestos dos “coletes amarelos” que levaram às ruas cerca de 136.000 manifestantes, indicou o Ministério do Interior francês neste domingo. As interpelações deram origem a mais de 1.700 detenções, segundo o balanço definitivo do quarto grande dia de manifestações daquele movimento, que começou há algumas semanas em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis.

Os dados divulgados antes pelo Ministério davam conta de 1.723 pessoas identificadas em todo o território francês e de 1.200 detidos. Só em Paris registaram-se 1.082 detenções, disse à agência noticiosa espanhola EFE fonte da polícia da capital francesa.

No sábado, o ministro do Interior, Christophe Castaner, anunciou que 135 pessoas ficaram feridas durante os protestos, 17 das quais polícias. A fonte policial disse à EFE que 96 daquelas pessoas, incluindo 10 dos polícias, foram feridas em Paris.

“Globalmente” a violência foi menor do que no fim de semana passado e “o nível de tensão baixou”, mas a situação “não é satisfatória”, declarou o porta-voz do Governo francês Benjamin Griveaux à emissora Europe 1. A participação dos “coletes amarelos” nas manifestações em todo o país, de acordo com os cálculos do Ministério do Interior, foi sensivelmente a mesma da do passado dia 1.

Os distúrbios de sábado em Paris foram de menor gravidade que os de há uma semana devido, em boa medida, ao impressionante dispositivo de segurança (8.000 agentes, quase o dobro do dia 1, apoiados inclusive por blindados) e a uma ação muito mais reativa perante qualquer incidente. Ainda assim, repetiram-se as cenas de carros queimados, de montras partidas, de lojas saqueadas e de barricadas nas ruas.

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