Os quatro ex-governantes catalães do partido Juntos Pela Catalunha, que estão presos a aguardar julgamento, anunciaram que põem fim à greve de fome que iniciaram há 20 dias. Na origem do protesto estava um desejo de “despertar consciências” contra o que consideravam ser um bloqueio deliberado do Tribunal Constitucional aos seus processos de recurso para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

Mais dois antigos ministros separatistas da Catalunha em greve de fome na prisão de Lledoners

Jordi Sànchez, Jordi Turull, Quim Forn e Josep Rull afirmam que, com a decisão do Tribunal de começar a marcar as datas dos seus recursos, já não é necessário manter o protesto. “O estado de saúde deles é bom”, explicou a porta-voz dos presos Pilar Calvo, citada pelo El País.

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Agora vão para a enfermaria para que haja um controlo restrito de saúde e um dieta que começará por ser líquida. Eles perderam entre 10% a 11% da sua massa corporal”, acrescentou a porta-voz.

Na decisão terá pesada uma carta que receberam do atual presidente da Catalunha, Quim Torra, e de vários ex-presidentes da região como Jordi Pujol, Pasqual Maragall, José Montilla e Artur Mas, segundo revela o La Vanguardia. Na carta, os presidentes relembravam aos presos que “já conseguiram o objetivo de despertar todas as consciências que tinham de despertar” e pediam para que tivessem em conta “as suas vidas e a sua saúde”.

Sànchez e Turull iniciaram a greve de fome no dia 1 de dezembro, tendo Forn e Rull juntado-se ao processo dois dias depois. Turull era o que estava num estado mais debilitado, tendo sido transferido para a enfermaria no dia 15 deste mês.