Os antigos ministros do governo regional catalão (também conhecido como Generalitat) Josep Rull e Joaquim Forn juntaram-se à greve de fome iniciada no sábado pelo antigo ministro Jordi Turull e pelo líder parlamentar do partido Juntos Pela Catalunha (de Carles Puigdemont), Jordi Sánchez. Os políticos catalães foram detidos e acusados de insurreição, rebelião e desfalque de fundos públicos pelo envolvimento na marcação de um referendo independentista, posteriormente considerado inconstitucional, que veio a resultar na declaração unilateral de independência da região. A acusação pede uma pena de 16 anos de prisão para ambos.

Josep Rull e Joaquim Forn anunciaram que se juntaram à greve de fome através de um comunicado. Nessa declaração, enviada aos meios de comunicação espanhóis, os dois antigos ministros catalães que se encontram detidos na prisão de Lledoners acusaram as autoridades espanholas de “bloquear” o acesso “aos tribunais internacionais, em particular à justiça europeia”.

A atitude arbitrária e irregular do Tribunal Constitucional [espanhol] destrói as bases do próprio Estado de direito”, afirmam os dois detidos.

Os antigos ministros de Puigdemont garantem que a greve de fome não tem como objetivo “nenhum tratamento favorável nem nenhuma discriminação positiva” da justiça. É apenas “a única alternativa de que dispomos aqui na prisão para tornar mais visível a discriminação e violação dos nossos direitos fundamentais”, referem, citados pelo jornal La Vanguardia. O anúncio foi reforçado com publicações na rede social Twitter.

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Além dos quatro políticos catalães em greve de fome, estão ainda detidos na prisão de Lledoners o antigo vice-presidente catalão Oriol Junqueras, o antigo ministro Raül Romeva e o antigo líder da associação catalã Òmnium Cultural, Jordi Cuixart. Ao todo, são 18 os políticos defensores da autonomia catalã que se encontram atualmente acusados.

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