Sónia Oliveira, 31 anos, é mãe de Maria Vitória, uma bebé de 1 ano e 8 meses que tem uma incapacidade de 80%: não consegue andar, falar, tem problemas de visão e é alimentada por uma sonda.

A mãe alega que a equipa médica responsável pelo parto no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, foi negligente e por isso apresentou uma queixa ao Ministério Público de Matosinhos. Ao Correio da Manhã conta que deu entrada no hospital no dia anterior ao parto e que houve algumas complicações: ”A médica induziu-me o parto, mas eu não tinha dilatação e a minha bacia não é compatível com a realização de um parto normal”. Por isso, Sónia explica que depois de a médica lhe dar a epidural, disse que ”só no dia seguinte é que um outro colega iria fazer a cesariana”. Às 23h00, a mãe alega que sofreu uma rotura uterina e que durante o parto houve uma demora na realização da cesariana que terá deixado a bebé sem oxigénio.

Contactado pelo Observador, a direção do Hospital, através da assessora de imprensa, Paula Carvalho, recordou que no final de Julho de 2017 ”foi aberto um processo de inquérito interno que concluiu que os procedimentos seguidos foram os corretos”, sendo que a médica responsável pelo parto continua a trabalhar no Pedro Hispano.

Em relação à queixa recentemente apresentada pela mãe ao MP, a assessora garante que ”o Hospital ainda não recebeu nenhuma notificação” e que não regista nenhum outro caso de negligência semelhante a este.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Maria Vitória nasceu na madrugada de 21 de julho de 2017. “A minha filha era perfeita antes do parto e chego ao fim e acontece isto. […] Deixei de trabalhar e passo os dias e as noites em hospitais”, lamenta Sónia Oliveira ao Correio da Manhã.

Famalicão. Hospital condenado a pagar pelo menos 295 mil euros por parto negligente 12 anos após morte