O Ministério dos Negócios Estrangeiros português “desaconselha vivamente” deslocações não-essenciais a Caxemira, na sequência da recente escalada do conflito entre a Índia e o Paquistão naquela região.

Considerando os incidentes recentes no estado indiano de Caxemira, entre forças militares indianas e paquistanesas, bem como a atuação por todo o território de grupos terroristas, desaconselha-se vivamente qualquer deslocação não essencial ao estado indiano de Jammu e Cachemira”, lê-se numa nota publicada hoje no portal diplomático.

https://observador.pt/2019/02/27/paquistao-afirma-ter-abatido-dois-avioes-da-forca-aerea-indiana/

A nota reforça alertas anteriores do MNE em relação à região disputada pelos dois países, nomeadamente pedindo “cautela extrema” em anteriores episódios de “agitação social, religiosa e política“.

A tensão na região aumentou nos últimos dias depois de as Forças Armadas indianas terem anunciado na terça-feira um ataque aéreo contra um campo de treino do grupo islâmico Jaish-e-Mohammed (JeM), que tinha reivindicado um atentado que matou 40 militares indianos a 14 de fevereiro.

O Paquistão reagiu denunciando uma “agressão inoportuna” e prometeu responder “na hora e local” que escolhesse. Esta quarta-feira, Islamabad anunciou ter abatido dois aviões indianos no espaço aéreo do Paquistão e detido dois pilotos indianos, um dos quais terá sido hospitalizado. A Índia, por seu turno, anunciou também esta quarta-feira que derrubou um avião paquistanês durante um confronto aéreo com forças do Paquistão.

Os dois países disputam a região de Caxemira desde a separação do subcontinente que se seguiu ao fim da colonização britânica, em 1947.

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