Enquanto a tecnologia e a legislação não permitem sistemas de condução autónoma, a Tesla continua a melhorar o seu Autopilot, que ainda continua a ser um sistema de ajuda à condução, com a pessoa atrás do volante a ser o responsável. Contudo, se o Autopilot já era o mais eficaz do mercado pela forma como interliga o cruise control adaptativo com o lane assist activo – não estando limitado como os outros fabricantes a uma força máxima a aplicar no volante (cerca de 2 Nm), chegando a automaticamente travar se concluir que a velocidade é demasiada elevada para a curva –, prepara-se para dar mais um salto em frente.

A principal diferença da versão V9 do Autopilot é a capacidade do sistema decidir se deve e pode mudar de faixa, numa auto-estrada, para ultrapassar, recorrendo às inúmeras câmaras e aos radares, que lhe permitem determinar a posição exacta dos carros que o rodeiam, bem como os que se aproximam e a que velocidade. Com o novo software V9, o Autopilot abre pisca e ultrapassa sempre que achar conveniente, sendo o único no mercado a conseguir tal proeza, sem intervenção de quem vai ao volante, dependendo apenas do destino introduzido no sistema de navegação e da velocidade programada. Ainda assim, o objectivo continua a ser simplificar o trabalho do condutor, tornando-o mais seguro, para si e para os outros, e não confiar no sistema sem qualquer tipo de supervisão, como se fosse autónomo.

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Inicialmente chegou a pensar-se que esta versão permitiria também gerir automaticamente as entradas e saídas das auto-estradas e vias rápidas, sem que o condutor necessite de accionar o pisca – com o veículo a fazê-lo por si – mas o fabricante preferiu optar por continuar a testar a versão beta, antes de a validar. Contudo, a actualização do software V9 vai ser realizada de forma lenta e gradual, para que continue a acumular quilómetros de utilização e de experiência, antes de o libertar para todos os utilizadores dos Model S, X e 3.

Anda cá Tesla…

Até aqui, o sistema Summon, que se pode traduzir por “convocar”, limitava-se a conduzir remotamente um Tesla, movimentando-o para a frente ou para trás. O objectivo era simplificar as manobras em parques de estacionamento, onde a falta de espaço torna difícil abrir as portas para entrar ou sair. Com a nova actualização de software, o Summon passa a Advanced Summon e torna possível que o condutor “chame” o veículo para se deslocar até à sua posição, automaticamente.

A Tesla está a desenvolver este sistema há algum tempo, visando facilitar a vida dos utilizadores, inclusivamente aqueles que se esquecem onde estacionaram o carro. Pressionando um botão da aplicação, os Tesla passam a deslocar-se até onde esteja o condutor, contando que dentro do parque de estacionamento, pois este sistema autónomo não pode ser utilizado na via pública. Veja aqui um exemplo:

O Advanced Summon, bem como o novo Autopilot V9, que vai permitir também o Autopark e, até final do ano, o reconhecimento e resposta automática a sinais de trânsito e sinais luminosos, faz parte do Full Self-Driving, um pack de equipamento mais evoluído que até aqui era conhecido por Enhanced Autopilot, com um custo de 5.000 dólares, além dos 3.000$ relativos à versão base do Autopilot.