A lista varia: desde situações de queda, a infeções e até a problemas nos equipamentos médicos. São algumas das causas para a contabilização de mais de sete incidentes por dia na área da saúde. De acordo com os dados da edição desta segunda-feira do jornal Público, no primeiro trimestre deste ano, tanto profissionais de saúde como cidadãos deram conta de, no total, 683 incidentes, número que já supera a média registada ao longo do ano de 2018, no qual foram registadas 2033 notificações.

Entre os diversos tipos de incidentes de segurança do doente, estão os acidentes — como é o caso das quedas –, os problemas relacionados com medicação (se for administrada incorretamente, por exemplo), complicações relacionadas com recursos e gestão organizacional (como é o caso da falta de disponibilidade de profissionais) e também possíveis erros no processo clínico.

Além dos 635 incidentes comunicados pelos profissionais de saúde nos primeiros três meses deste ano, também os cidadãos informaram outros 48 episódios. Os números registam um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, no qual os profissionais de saúde notificaram 475 incidentes e os utentes comunicaram 32. Dentro das categorias de profissionais de saúde, os enfermeiros são a categoria que reporta mais incidentes, seguidos dos médicos, assistentes técnicos e, por fim, dos farmacêuticos.

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As notificações são feitas através do site da DGS, numa plataforma online, de forma voluntária e anónima. O objetivo é, de acordo com o Público, aumentar a segurança do doente, promovendo uma aprendizagem contínua. Através deste meio, as instituições recebem a informação relativa aos incidentes ocorridos e, no caso do cidadão, sempre que comunica um incidente fica com um código através do qual pode, posteriormente, seguir a evolução dessa notificação, percebendo se a mesma motivou a aplicação de medidas para corrigir o problema em causa.

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