Christine Lagarde vai deixar de ser diretora administrativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) a 12 de setembro, avança a BBC News.  A advogada, economista e política francesa apresentou esta terça-feira a sua demissão ainda antes da confirmação do seu nome para líder do Banco Central Europeu (BCE).

“Com uma maior clareza sobre o processo da minha nomeação como presidente do BCE e o tempo que isso consumirá, tomo esta decisão com os melhores interesses”, disse, citada pela BBC, garantindo ainda que “o conselho executivo tomará as medidas necessárias para avançar com o processo de seleção de um novo diretor administrativo”.

Perante a possibilidade da nomeação, Lagarde já tinha suspendido as funções como diretora-geral do FMI, mas só agora surge a renúncia. Até 12 de setembro “a suspensão de responsabilidades como diretora-geral, anunciada anteriormente, vai continuar com efeito”.

Christine Lagarde foi escolhida para suceder aos oito anos de Mario Draghi no mesmo dia em que o Conselho Europeu escolheu as próximas caras dos altos cargos da Europa. No entanto, a sua nomeação ainda deverá ser confirmada.

O processo não é imediato. Depois de o Conselho Europeu indicar um nome, este é depois discutido e recomendado pelo Eurogrupo e de seguida aprovado pelo Conselho Europeu. Finalizadas as formalidades, seguem-se as consultas ao Parlamento Europeu e ao conselho de governadores do BCE.

Caso a nomeação de Christine Lagarde se verifique, será a primeira líder feminina do BCE. A antiga ministra das Finanças, Indústria e Emprego francesa é líder do FMI desde 2011.

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