Ainda não é desta que a guerra no Afeganistão, iniciada há 18 anos, vai ter um acordo de paz. Donald Trump revelou na rede social Twitter que deixou cair as conversações com os talibãs.

O Presidente norte-americano anunciou que deveria encontrar-se este sábado à noite com o presidente afegão, Ashraf Ghani, e com as lideranças talibãs, em reuniões separadas. Segundo Trump, os encontros secretos, que teriam lugar em Camp David (uma das residências oficiais do líder norte-americano), foram cancelados depois de militantes afegãos terem admitido que orquestraram o atentado que matou 12 pessoas, incluindo um soldado americano e um outro soldado romeno ao serviço da NATO.

“Infelizmente, para conseguirem uma falsa alavancagem, reivindicaram um ataque em Kabul que matou um dos nossos grandes soldados e outras 11 pessoas. Cancelei de imediato o encontro e as negociações de paz”, disse o presidente norte-americano. Que tipo de pessoas mataria tantos para aparentemente melhorar as suas posições negociais?”, perguntou  Donald Trump.

Na segunda-feira, negociadores americanos tinham anunciado um acordo de princípio para alcançar a paz, depois de nove rondas negociais no Qatar ao longo de quase um ano.

Como parte do acordo, os EUA deveriam retirar 5.400 tropas (de um total de 14 mil) em cinco meses. Em troca, receberiam garantias dos talibãs de que o Afeganistão nunca mais daria abrigo a terroristas.

A BBC sublinha que o encontro teria lugar apenas a alguns dias do aniversário do 11 de Setembro, em que morreram quase 3 mil pessoas de 77 nacionalidades. O ataque às torres gémeas, em 2001, motivou a invasão americana do Afeganistão no mês seguinte para derrubar o movimento Talibã, que dava abrigo à Al-Qaeda.

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