Aumentou o número de pessoas que morrem nos 30 dias que se seguem a um acidente rodoviário, noticiou o Jornal de Notícias. Os 675 mortos, em 2018, ao fim de 30 dias, é o valor mais alto desde de 2012 (com 718 mortos), depois de uma tendência decrescente que se manteve de 2010 (937) a 2016 (563).

O número de mortos em acidentes de viação nas primeiras 24 horas depois do acidente também diminui entre 2010 (741) e 2016 (445), mas aumentou nos últimos dois anos (510 e 508), segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

Entre 2010 e 2016, quando o número de mortos nas primeiras 24 horas e nos 30 dias que se seguiam ao acidente diminuiu todos os anos, a diferença entre os óbitos numa e noutra situação teve como valor mínimo 23% (119), em 2013, e 32,4% (156), em 2014. Depois, 2017 e 2018 voltaram a apresentar oscilações: 2017 teve a diferença mais baixa dos últimos 10 anos (18%, 92 mortos) e 2018 voltou a aumentar a diferença, chegando aos 32,9% (167). As fontes contactadas pelo Jornal de Notícias dizem não conseguir explicar estas variações.

O grupo de vítimas que mais morre nos 30 dias que se seguem aos acidentes rodoviários têm mais de 65 anos: em 2018, 147 morreram até 24 horas depois do acidente, 226 ao fim de 30 dias — mais 79, quando nas outras faixas etárias diferença não ultrapassa os 20. Nesta faixa etária, 86 pessoas morreram devido a atropelamento.

Em 2017, Portugal registava 58 mortes, ao fim de 30 dias, por milhão de habitantes, ocupando o décimo lugar em termos europeus — a Roménia lidera a lista com 99 mortos por milhão de habitantes. A média na União Europeia era de 49 mortes por milhão de habitantes. A Comissão Europeia tem uma nova estratégia de segurança rodoviária e quer chegar a 2050 com zero mortos na estrada.

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