Retirou-se pela primeira vez com apenas 23 anos, em 2007, para casar e dedicar-se à família depois de um período em que lutou com várias lesões e pouca vontade de competir. Voltou dois anos depois e ganhou duas vezes o US Open e uma outra o Open da Austrália, já após ter a primeira filha. Retirou-se outra vez em 2012 e foi mãe mais duas vezes. Sete anos depois de pendurar a raquete pela segunda vez, Kim Clijsters vai voltar novamente. Pela terceira vez e aos 36 anos, a tenista belga anunciou que vai regressar à competição já em 2020 por sentir que é “demasiado nova para estar retirada”.

“Aos 36 anos, sinto que sou demasiado nova para estar retirada. E com tantas atletas e mães inspiradoras a competir, mal posso esperar para voltar ao court e ver o que é possível depois de ter três filhos”, disse a tenista num vídeo que partilhou no Twitter. Kim Clijsters acrescentou que está a treinar desde o início do ano e que já jogou para testar um dos recintos de Wimbledon, em maio, e planeia voltar já no início da próxima temporada. “Ainda que tenha muito trabalho pela frente nos próximos quatro meses, a minha maior motivação é o desafio pessoal que tudo isto envolve. Tanto fisicamente como mentalmente, quero testar-me outra vez”, concluiu a atleta belga.

Em 2020, Kim Clijsters vai ser elegível para wildcards de forma ilimitada, ou seja, vai poder ser convidada pelas organizações de todos os grandes torneios – isto porque não faz parte do ranking oficial e não pode qualificar-se da forma habitual. Para voltar a integrar o ranking WTA, terá de competir em três torneios ou somar 10 pontos. “Não sinto que isto seja porque quero provar alguma coisa. Acho que tem mesmo a ver com o desafio. O amor pelo desporto está lá na mesma, como é óbvio. Quero desafiar-me e ser forte outra vez. Esta é a minha maratona”, diz a tenista no vídeo onde anunciou o regresso.

Antes da primeira interrupção na carreira, Kim Clijsters chegou duas vezes à final de Roland Garros (2001 e 2003), duas vezes às meias-finais de Wimbledon (2003 e 2006), venceu duas vezes as WTA Finals (2002 e 2003) e conquistou o US Open (2005), naquele que foi o primeiro dos quatro Grand Slams que acabou por ganhar até 2012 – sendo ainda a tenista com mais Grand Slams conquistados já depois de ter filhos (em ex aequo com Margaret Court). Foi número 1 do mundo nos dois períodos em que esteve ativa e regressa agora, aos 36 anos, inspirada por Serena Williams e todas as outras tenistas que já foram mães e continuam a competir.

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