Será um erro comum, pelo menos para quem não conhece a história do super-herói da Marvel: à primeira vista o Incrível Hulk é um portento de poderio e força bruta, capaz de conseguir tudo o que quer e impossível de prender ou contrariar; e terá sido por isso que Boris Johnson resolveu, no passado domingo, comparar o Reino Unido com essa personagem. “Quanto mais enfurecem o Hulk, mais forte ele fica”, avisou o primeiro-ministro britânico, em entrevista ao Mail Online, garantindo o Brexit para final de outubro, com ou sem acordo.
“Banner pode ser algemado, mas se o provocam ele consegue libertar-se. Hulk consegue sempre escapar, por mais preso que pareça estar. O mesmo se passa com o este país. Há de sair a 31 de outubro e nós vamos garantir que isso acontece”, continuou, fazendo referência a Bruce Banner, o cientista que deu origem ao Hulk depois de ser exposto a uma dose sobrenatural de raios gama.
Mas o próprio Hulk — que é como quem diz o americano Mark Ruffalo –, o ator que mais recentemente interpretou o personagem no cinema, não gostou da comparação. E tratou de lhe responder, via Twitter: “Boris Johnson esquece-se que o Hulk só luta pelo bem comum. Furioso e forte também pode ser denso e destrutivo. O Hulk trabalha melhor em equipa, e é um desastre quando está sozinho. Além disso… tem sempre o Dr. Banner com a ciência e a razão”..
Boris Johnson forgets that the Hulk only fights for the good of the whole. Mad and strong can also be dense and destructive. The Hulk works best when he is in unison with a team, and is a disaster when he is alone. Plus…he’s always got Dr. Banner with science and reason. pic.twitter.com/jN8BDzgpWl
— Mark Ruffalo (@MarkRuffalo) September 15, 2019