A ARS de Lisboa e Vale do Tejo concluiu, na sua investigação, que as requisições do SNS utilizadas na Ecosado, onde foi feita a ecografia ao bebé sem rosto, foram faturadas por outra clínica. Existem, assim, “fortes indícios de utilização irregular das requisições de exames ecográficos por parte da clínica Ecosado, que recebeu as requisições não tendo qualquer convenção com a ARSLVT, e da já referida segunda clínica, que faturou as requisições ao SNS sem ter prestado o correspondente serviço”.

Em comunicado enviado às redações, a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) sublinhou que, como já se sabia, “a clínica Ecosado não tem qualquer convenção relativa a este exame ou quaisquer outros com a ARSLVT”. O que aconteceu foi que “as requisições do SNS utilizadas na Ecosado foram faturadas por outra clínica, conferidas através dos SPMS – Centro de Controlo e Monitorização do SNS e pagas pela ARSLVT a essa segunda entidade”.

“Na sequência destas conclusões e no seguimento da informação enviada a 28/Out, a ARSLVT já participou as respetivas conclusões ao Ministério Público”, indica o comunicado.

Além disso, a ARS de Lisboa e Vale do Tejo adianta que “vai promover a cessação da convenção existente com a segunda clínica envolvida”, que não é identificada. A ARSLVT diz-se “disponível para colaborar com as entidades policiais e judiciais, estando igualmente empenhada para, em conjunto com as entidades envolvidas no regime de convenções, promover o reforço do acompanhamento das unidades convencionadas e do acesso a exames de qualidade”.

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