Um túnel vertical em vidro com três metros de largura e seis metros de altura. No seu interior, graças a motores, o vento chega aos 300 quilómetros por hora e num minuto é possível ter uma sensação de voo, em qualquer posição, equivalente a uma descida de 4 quilómetros de altura. É isto que propõe a Dream Fly, uma empresa nascida em 2019 e especializada em experiências de paraquedismo e queda livre dentro de um simulador, ou seja, sem saltar de um avião.

“Os túneis de vento utilizam o efeito aerodinâmico do ar, que suporta objetos sólidos e que, através de uma sofisticada tecnologia, proporcionam uma experiência semelhante ao salto de paraquedas de um avião, tudo no interior de um simulador”, lê-se na apresentação do projeto pensado por Matt Hill, Maura Rosqvist e Tiago Matos, três profissionais de indoor skydiving.

Das aprendizagens básicas às acrobacias mais arriscadas, a atividade promete ser “segura e cheia de adrenalina”, não depende da previsão meteorológica e é indicada para pessoas a partir dos quatro anos, “sem necessidade de conhecimentos prévios e especializados”.

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“O vento forma uma densa coluna de ar dentro do tubo, o que torna possível voar. A velocidade é ajustada ao tamanho e peso da pessoa, tornando o túnel o local perfeito para experimentar a sensação de queda livre.”

O primeiro túnel de vento da DreamFly tem abertura prevista a 13 de novembro na zona da Maia, sendo “um dos maiores túneis de ventos ao livre da Europa”. As inscrições abrem a partir de segunda-feira e os preços começam nos 44 euros. A empresa investiu 1,5 milhões de euros e promete chegar a Lisboa, ao Alegro Sintra, já no próximo ano, com um simulador de sete metros de altura e três de largura, “o primeiro túnel de vento do mundo com recirculação externa”.

Segundo a Dream Fly, o primeiro túnel de vento foi inaugurado nos anos 80, mas o boom aconteceu já no século XXI. “Atualmente existem 165 parques de vento ativos em mais de 40 países em todo o mundo, 30 em construção e 80 anunciados para os próximos tempos. (…) O indoor skydiving ou bodyflight é uma atividade radical inovadora, também praticada enquanto desporto de alta competição, que tem vindo a ganhar popularidade em todo o mundo.”