O número de mortos no sismo de 6.4 que atingiu a Albânia esta terta-feira subiu para 40, de acordo com o Ministério da Defesa. Ao todo, 48 pessoas foram retiradas dos escombros, à medida que as equipas de busca e salvamento continuam o seu trabalho e a região continua a ser afetada por réplicas.

“Encontrámos dez novas vítimas mortais à noite”, revelou o ministério, em comunicado. “O número de mortos aumentou para 40”, adianta a nota, acrescentando que ainda há esperança de encontrar vivas algumas das vítimas presas nos escombros.

Na quarta-feira, 36 horas depois do terramoto ter atingido a Albânia, o diretor de comunicação do governo albanês, Endri Fuga, tinha anunciado a subida do número de mortos para 30.

O New York Times, que tem um enviado especial no local, falava em 31 vítimas mortais e 49 pessoas já resgatadas.

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Os esforços de buscas foram entretanto suspensos durante um breve período devido a uma réplica mais intensa, de 5.3 na escala de Richter, por volta das 15h45 (hora local, 14h45 em Lisboa). De acordo com o site local Exit, o epicentro deste novo tremor de terra aconteceu no Mar Adriático, mas foi sentido em terra, sobretudo em Durres, cidade perto da costa, e na capital Tirana.

Os sobreviventes têm agora receio de novos sismos, de tal forma que, como conta a BBC, centenas preferiram passar a noite em tendas ou carros.

Apesar das várias réplicas, as equipas de resgate continuam a trabalhar. Vários países enviaram equipas para ajudar, incluindo as Nações Unidas, que prometeram enviar dois técnicos da sua equipa de Avaliação de Desastres e Coordenação.

O primeiro-ministro albanês, Edi Rama, fez declarações numa tentativa de confortar o país: “Perdemos vidas humanas, mas também salvámos muitas vidas”, disse, numa visita a um hospital, referindo-se às mais de 40 pessoas que foram salvas dos escombros desde terça-feira.

O sismo de terça-feira foi o mais poderoso das últimas décadas neste país dos Balcãs. O primeiro e mais forte abalo, com uma magnitude 6,4 na escala de Richter, foi registado às 3h54 locais (1h54 de Lisboa), tendo sido seguido de quatro réplicas com magnitudes entre os 4,8 e os 5,4 da mesma escala.

(Artigo atualizado no dia 28 de novembro de 2019, às 9h36, com o aumento do número de mortos)