A Câmara Municipal de Torres Vedras afirmou hoje estar a acompanhar “em permanência” a situação da urgência pediátrica do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), em articulação com o Governo e com a administração da unidade de saúde.

“Nos últimos dias o serviço de urgência pediátrica do Hospital de Torres Vedras tem tido perturbações no seu serviço devido à falta de médicos pediatras. A Câmara Municipal de Torres Vedras tem estado a acompanhar o assunto em permanência com a administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) e o Ministério da Saúde”, indicou, em comunicado, o município, no distrito de Lisboa.

De acordo com a nota, o Ministério da Saúde já autorizou o CHO a contratar médicos pediatras em regime de prestação de serviço e, na próxima semana, o presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Bernardes, vai reunir-se com o Ministério da Saúde e a administração do centro hospitalar para encontrar uma “solução sólida” para a resolução do problema.

O autarca lamentou que durante anos a Ordem dos Médicos tenha “pressionado no sentido de não ser aumentado o número de vagas para medicina” nas universidades e especialidades.

Por isso, defendeu a realização de “um pacto nacional” para a formação em medicina, a celebrar entre a Ordem dos Médicos e os ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

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A urgência pediátrica de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste esteve desde as 21:00 de quinta-feira e até hoje de manhã a funcionar sem pediatras na escala, sendo que os doentes que necessitaram desta especialidade foram transferidos para as Caldas da Rainha, distrito de Leiria.

“Sim, [já estamos a funcionar normalmente]. Temos a escala completa”, indicou hoje a administradora do CHO, Elsa Banza, em declarações à Lusa.

Na sexta-feira, a administradora já tinha admitido a existência de constrangimentos no dia 31 de dezembro, que deverão voltar a repetir-se na próxima semana.

O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais de Torres Vedras, Caldas da Rainha e de Peniche e serve cerca de 300 mil habitantes daqueles três concelhos, assim como de Óbidos, Bombarral, Cadaval e Lourinhã e parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro).