A embaixada dos Estados Unidos em Lisboa emitiu um alerta de segurança na sequência do ataque aéreo que matou o general iraniano Qassem Soleimani na sexta-feira no Iraque. O aviso foi publicado no sábado, na página da embaixada norte-americana, por causa do “aumento da tensão no Médio Oriente”.

Segundo a embaixada, liderada desde agosto de 2017 por George E. Glass, esse aumento de tensão “pode resultar em riscos de segurança para os cidadãos dos Estados Unidos no estrangeiro”. O documento pede aos cidadãos que “sejam discretos” e “estejam atentos ao que se passa à volta”.

Além disso, a embaixada aconselha os norte-americanos em Lisboa a “ficarem alertas em locais frequentados por turistas”, “rever os planos de segurança pessoais” e “ter os documentos de viagem facilmente acessíveis e em dia”. Depois, a mensagem de alerta recorda os contactos de apoio aos cidadãos da embaixada dos Estados Unidos em Portugal.

A embaixada em Portugal e na Bulgária foram as únicas entre os países da União Europeia a emitir um alerta de segurança após o ataque de 03 de janeiro. Logo na sexta-feira, a embaixada em Sófia também publicou um alerta, mas sem se referir claramente ao ataque em Bagdad: “A embaixada dos EUA em Sófia aconselha os cidadãos a rever o atual Aviso Mundial do Departamento de Estado à luz das ameaças em curso colocadas por organizações terroristas transnacionais e indivíduos inspirados pela ideologia extremista”.

Uns dias antes, a 30 de dezembro, Richard Grenell, embaixador dos Estados Unidos na Alemanha, emitiu um comunicado sobre “os ataques aéreos norte-americanos no Iraque e Síria”: “Houve 11 ataques às bases iraquianas de forças ligadas ao Hizballah nos últimos 60 dias. O mais recente ataque matou um funcionários dos EUA e feriu quatro membros. Em resposta, o governo lançou ontem ataques aéreos contra essas forças paramilitares apoiadas pelo Irão, pela Força Quds do Irão e pelo Hezballah libanês”.

O documento refere-se aos ataques entre os Estados Unidos e o Irão que antecederam a emboscada de sexta-feira. “Os Estados Unidos e os nossos aliados respeitam a soberania iraquiana e apoiam um Iraque forte e independente. No entanto, o Irão e as suas forças continuam a atacar sem provocação. Os Estados Unidos há muito manifestam preocupação com as atividades maliciosas do Irão e instam os nossos aliados em Bruxelas a seguir o exemplo do parlamento alemão ao considerar o Hezballah um grupo terrorista. Os aliados iranianos não podem continuar a desestabilizar ainda mais estas regiões críticas no Médio Oriente”, termina.

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