Os acionistas da Pharol reúnem-se esta quarta-feira para votar a destituição de três administradores, sendo que um deles renunciou entretanto, numa assembleia-geral que esteve inicialmente marcada para 18 de dezembro.

A Pharol adiou a reunião magna depois de não ter assegurado o quórum mínimo para levar a cabo as votações, de acordo com um comunicado. Na nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa explicou que, tendo em conta que o primeiro ponto da ordem de trabalhos “tem como objeto uma alteração aos estatutos da sociedade para o que é necessária a presença ou representação de acionistas detentores de, pelo menos, ações correspondentes a 1/3 do capital”, o grupo foi obrigado a adiar a reunião. Nesta segunda data, a assembleia-geral “poderá constituir-se e deliberar sobre a referida ordem de trabalhos com qualquer número de acionistas presentes ou representados”, adiantou a Pharol.

Em causa está a redução para seis do número de membros do Conselho de Administração, com consequente “destituição imediata” de três dos nove administradores.

Nos termos do ponto um da convocatória para a assembleia-geral extraordinária divulgada na página eletrónica da CMVM, os acionistas da Pharol serão chamados a “deliberar sobre a redução dos números mínimo e máximo de membros do Conselho de Administração da sociedade”, de forma que o intervalo se situe entre os três e os sete membros, contra os atuais nove a 11.

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Caso seja aprovada a redução dos números mínimo e máximo de membros do Conselho de Administração da sociedade”, os acionistas irão então votar, segundo o ponto dois da ordem de trabalhos, a “destituição, com efeitos imediatos, de Nelson Sequeiros Rodriguez Tanure, de Jorge Augusto Santiago das Neves e de Aristóteles Luiz Menezes Vasconcellos Drummond, de membros do Conselho de Administração da sociedade”.

Entretanto, e antecipando-se à reunião, o empresário brasileiro Nelson Tanure renunciou ao cargo de membro não executivo do Conselho de Administração da Pharol, segundo um comunicado divulgado no passado dia 10 de dezembro na CMVM.

Apresentada pelo acionista Real Vida Seguros, a proposta de redução do número de membros do Conselho de Administração é justificada com o facto de, “ao longo dos últimos anos”, ter vindo a “ocorrer uma redução do escopo da atividade da sociedade, que se limita hoje, essencialmente, à gestão da participação no capital social da Oi, SA”.