O ex-administrador do grupo Lena Joaquim Barroca, arguido no processo Operação Marquês, vai ser interrogado em 18 de fevereiro, na fase de instrução do processo cujo principal arguido é José Sócrates, segundo um despacho de Ivo Rosa.

A data de interrogatório de Joaquim Barroca, acusado de corrupção ativa de titular de cargo político, corrupção ativa, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada consta de um despacho do juiz de instrução Ivo Rosa, que reservou também o dia seguinte, caso a diligência se prolongue.

Joaquim Barroca, que chegou a estar em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, pediu para ser ouvido nesta fase processual facultativa.

Para o Ministério Público, o empresário e amigo de José Sócrates Carlos Santos Silva e Joaquim Barroca aceitaram integrar um esquema financeiro para ocultar a origem e a propriedade dos fundos de Sócrates, tendo concordado em abrir contas para a passagem de fundos, junto do banco suíço UBS.

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Após o primeiro dia de interrogatório do ex-primeiro ministro (28 de outubro de 2019) na fase de instrução, Castanheira Neves, advogado do ex-administrador do grupo Lena, disse aos jornalistas que Joaquim Barroca “é uma pessoa de bem” e que esperava que “as diligências pendentes possam comprovar disso mesmo”.

Tenho a expectativa de que se comprove ao longo de todo o processo a inocência de Joaquim Barroca que é uma pessoa de bem, tal como a inocência das sociedades do grupo Lena, que aqui represento”, afirmou o advogado.

O debate instrutório está marcado para os dias 4, 5, 6 e 9 de março, podendo prolongar-se para 11, 12 e 13 do mesmo mês.

O processo Operação Marquês tem 28 arguidos — 19 pessoas e nove empresas — pela prática de 188 de crimes económico-financeiros.