O triunfo da Oliveirense frente ao Sporting após dois prolongamentos na primeira meia-final da Taça Hugo dos Santos mostrou a diferença entre jogos da fase regular do Campeonato e encontros a eliminar no basquetebol, com o conjunto de Oliveira de Azeméis a repetir pela terceira temporada consecutiva a presença no encontro decisivo quando os leões partiam com um ligeiro favoritismo. Também por isso, o segundo clássico da temporada partia como um jogo aberto, até pelo que se viu no primeiro clássico da época no Campeonato.

Oliveirense vence Sporting na Taça Hugo dos Santos e joga final pelo terceiro ano consecutivo

O FC Porto esteve quase sempre na frente pela boa entrada no primeiro período mas o Benfica conseguiu discutir o resultado com uma boa recuperação sobretudo no último período, que levou mesmo as decisões para mais dois prolongamentos onde as águias ganharam por 119-111, reeditando a última final da Taça Hugo dos Santos. Ainda assim, o clássico realizado no Municipal de Sines ficou marcado pela lesão de Betinho, internacional português que teve uma queda arrepiante no início da segunda parte e foi de maca para o hospital.

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O Benfica até teve uma entrada boa, com um triplo de José Silva a abrir, mas a defesa zona 3×2 do FC Porto não demorou a surpreender os encarnados, demasiado passivos em termos defensivos perante a pontaria afinada de Brad Tinsley e Preston Purifoy no tiro exterior e de uma presença em jogo ofensivo também de Kayel Locke. Na parte final do período, Eric Coleman e Damian Hollis encontraram por fim outras soluções para furarem a zona dos azuis e brancos, conseguindo reduzir para apenas 12 pontos no final dos dez minutos iniciais (29-17).

No segundo período, marcada pela expulsão de João Soares (aparentemente por palavras), o FC Porto voltou a estar confortável no jogo ofensivo enquanto mantinha e aumentava até a distância pontual, altura em que o Benfica teve uma melhoria depois de uma paragem de Carlos Lisboa que reduziu a desvantagem para apenas sete pontos (39-32) antes de novo forcing dos dragões, que chegaram ao intervalo na frente por 50-39.

A segunda parte começou da pior forma para o Benfica e para o próprio jogo: numa bola onde saltou bem alto para tentar desarmar um contra-ataque de Sasa Borovnjak que daria o 56-42, Betinho caiu de costas desamparada, ficou no chão, rapidamente se percebeu que a lesão poderia ser grave e esteve cerca de 20 minutos no chão a receber assistência, sendo depois transportado de maca para o hospital aplaudido por todo o pavilhão de pé. Depois desse momento de infortúnio de um dos melhores jogadores portugueses, os encarnados baixaram ainda mais a sua prestação, chegando mesmo a estar a perder por 17 pontos (73-56) antes do 80-65 no final do período.

A dez minutos do final, o FC Porto teve uma perceção errada de que teria o jogo ganho e uma série de erros no ataque permitiu que o Benfica se fosse aproximando no resultado, chegando mesmo aos seis pontos de atraso (83-77) com Hollis e Arnette Hallman a darem outra vida aos encarnados, que mantiveram o encontro vivo até aos minutos finais e forçaram mesmo o prolongamento com a possibilidade de Anthony Ireland ganhar mesmo o jogo num triplo que não caiu (90-90). No tempo extra, os dragões melhoraram sobretudo em termos ofensivos mas não evitaram novo prolongamento (102-102), onde as águias foram superiores e ganharam por 119-111.