O ex-fuzileiro e arguido no processo Tancos João Paulino saiu esta quarta-feira da cadeia onde estava em prisão preventiva, disse à Lusa o seu advogado Melo Alves.

João Paulino, que, segundo a acusação, foi o líder do grupo que assaltou os paióis de Tancos a 28 de junho de 2017, saiu da cadeia cerca das 18h30, ficando com a medida de coação de apresentações periódicas às autoridades, adiantou o advogado Melo Alves.

Tancos. Como Paulino, Laranginha, ‘Fechaduras’, ‘Nando’, ‘Caveirinha’ e ‘Pisca’ deram o golpe (e foram tramados pelo Facebook)

O processo de Tancos tem 23 pessoas acusadas, entre as quais o ex-ministro Azeredo Lopes, que se demitiu do cargo em outubro de 2018 na sequência das revelações e da polémica em torno do caso. Aos arguidos são imputados crimes como terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.

Nove dos 23 arguidos foram acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre os quais Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento. O ex-ministro da Defesa foi acusado de prevaricação e denegação de justiça, abuso de poder e favorecimento pessoal.

O caso do furto das armas em Tancos foi divulgado pelo Exército a 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a alegada recuperação do material de guerra furtado ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJ Militar, em colaboração com elementos da GNR de Loulé. Vários militares da GNR de Loulé foram acusados no processo.

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