As aplicações modernas como o Waze atraem cada vez mais condutores e a sua popularidade tem tudo a ver com os serviços que prestam. Começam por recolher informações sobre o estado do trânsito, que depois difundem pelos utilizadores, ajudando-os a escolher o trajecto mais rápido para o destino que pretendem.

Mas não é este tipo de ajuda aos condutores que enfureceu o Governo alemão. O motivo que levou os responsáveis germânicos a banir a sua utilização prende-se com a capacidade de soluções como o Waze identificarem os locais onde estão instalados os radares de velocidade e a polícia.

As autoridades fizeram aprovar leis que impedem aplicações de fornecer este tipo de informações aos automobilistas, o que deveria liquidar esta aplicação da Google. De acordo com o legislador, passou a ser interdito o uso de dispositivos destinados a informar o condutor da proximidade de mecanismos de controlo de velocidade.

Sucede que os advogados da Google defendem outra interpretação da lei, argumentando que os smartphones, se bem que equipados com aplicações como o Waze, não são dispositivos concebidos para informar a proximidade de radares, tendo prioritariamente funções bem diversas. Ou seja, rapidamente se provou haver forma de contornar a lei aprovada para perseguir o Waze, evitando a proibição da aplicação.

Mas a lei aprovada pelo Governo tem outra forma de ser contornada, uma vez que refere especificamente que não são permitidas aplicações que forneçam indicações sobre os radares ao condutor, não se referindo se o podem fazer a quem vai no banco do lado ou mesmo no traseiro. Com tantos “buracos”, a lei que deveria acabar com o Waze apenas o colocou numa zona cinzenta que vai continuar a permitir a utilização da aplicação. Pelo menos até surgir uma lei mais “elaborada” ou, então, que o legislador desista.

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