O presidente da Câmara Municipal de Ovar, onde terça-feira foi declarado o estado de calamidade pública e imposto um cerco sanitário com controlo de fronteiras, anunciou esta sexta-feira que irá abrir uma linha telefónica de apoio psicológico para residentes.

Num depoimento gravado em vídeo, Salvador Malheiro afirma que o município tem “em preparação, para entrar em funcionamento muito, muito em breve, várias linhas de apoio psicossocial – linhas de psicologia e linhas de apoio social”. A medida foi anunciada no mesmo dia em que a autarquia do distrito de Aveiro fez as primeiras colheitas no centro de rastreio à Covid-19, instalado no Hospital Francisco Zagalo, no centro de Ovar.

Situando em 53 os residentes infetados com o novo coronavírus, Salvador Malheiro considera que esse é um número “extremamente alto”, demonstrando que, ao nível da quarentena geográfica imposta pelo Governo, “estas medidas musculadas fazem todo o sentido”. O autarca frisou que os termos do decreto que determina o cerco sanitário a Ovar são para seguir “escrupulosamente”, até porque “quem não cumprir está a cometer um crime”.

Quanto à indústria local, envolvendo várias unidades que na quarta e quinta-feira continuaram a laborar apesar de a sua atividade não ser considerada de primeira necessidade, o presidente da câmara sustenta ser “absolutamente decisivo ter consciência de que, quanto mais cedo parar, mais cedo a economia se vai poder reerguer”.

O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 foi detetado em dezembro na China e já infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram. Entre os doentes, mais de 90.500 recuperaram.

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