O governo moçambicano pretende negociar com a Índia uma redução de 70% para 45% da taxa aplicada ao caju de Moçambique vendido àquele país, disse esta terça-feira o diretor do Instituto Nacional do Caju (Incaju) à Lusa.

A negociação deve seguir o exemplo “do que se conseguiu para outras culturas, como o feijão-bóer”, que há três anos obteve medidas de exceção na exportação para a Índia devido às condições de mercado, disse Ilídio Bande.

De acordo com aquele responsável, a amêndoa partida de caju tem uma sobretaxa de 70% aplicada ao preço quando chega a Índia e que começou a ser aplicada em meados de 2019. Se a taxa baixasse para 45% “os empresários ainda conseguiam ter lucro”, acrescentou.

A Índia é o maior processador de castanha de caju do mundo, com cerca de um milhão de toneladas tratadas por ano.

Entre 2017 e 2019, Moçambique exportou globalmente acima de 80 mil toneladas de castanha bruta, tendo arrecadado 116 milhões de dólares (105 milhões de euros).

A Índia é o destino de 76% da produção, seguindo-se a Europa (36%), EUA (30%) e o Vietname (24%).

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