O presidente do Metropolitano de Lisboa afirmou ao Jornal Económico que tem “necessidade de apoio financeiro do Estado como acionista” para conseguir pagar remunerações, compromissos com fornecedores e outros pagamentos de custos operacionais.

Vítor Domingues dos Santos fala de “uma quebra de cerca 50% no valor de venda com títulos ocasionais e passes”. Assume “uma redução de alguns custos” por causa da epidemia de Covid-19 em Portugal, mas também “um acréscimo de outros”, como vigilância, segurança e serviços de limpeza. “Relativamente à receita tarifária, verificou-se uma quebra no mês de março de 23% e no mês de abril de 98%”, indica o presidente.

Quanto ao mês de maio, em que apenas estão contabilizados os dados de vendas registadas na rede do Metropolitano de Lisboa, houve “uma redução de 83,5% no valor de vendas” em relação ao mesmo período do ano passado. Vítor Domingues dos Santos fala de “um volume de vendas ainda pouco significativo”.

Outras empresas pedem simplesmente o pagamento de dívidas por parte do Estado. É o caso da Transdev, que em declarações ao Jornal Económico disse que não pediria ajudas ao Estado, apenas “uma medida absolutamente natural numa relação comercial: o pagamento das dívidas num prazo máximo de 15 dias e não a seis meses como é habitual acontecer”, queixa-se.

“O pagamento dos nove milhões de euros que o Estado tem em dívida para com a empresa é a melhor forma de permitir que a empresa assegure a tesouraria e tenha capacidade para pagar salários neste contexto em que a paragem da atividade foi decretada para fazer face à pandemia”, prossegue.

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