A Corticeira Amorim decidiu manter a proposta de remuneração aos acionistas, apesar do contexto de crise provocado pela pandemia de Covid-19, cortando apenas o dividendo extraordinário, refere esta quinta-feira a empresa numa informação ao mercado.

Considerando as consequências da pandemia e o inerente agravamento do contexto económico e social, em Portugal e no mundo, e em face da séria situação de incerteza quanto à retoma da normal atividade económica, o Conselho de Administração da Corticeira Amorim reuniu, ponderou e decidiu manter a proposta de aplicação de resultados”, refere a empresa em comunicado à CMVM.

“Tendo como base a sua solidez financeira e a adequada estrutura de capitais da Corticeira Amorim, o Conselho de Administração propõe manter a proposta de distribuição de um dividendo de 18,5 cêntimos por ação”. Esta proposta será votada na assembleia geral que a empresa agendou para 26 de junho.

“A Corticeira Amorim assume com responsabilidade este momento, em linha com a gestão assumidamente conservadora do balanço que tem sido seguida e tendo em conta o reforço de prudência que o contexto adverso implica”, afirma.

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Neste sentido, e mantendo a proposta para o dividendo ordinário, o Conselho de Administração decidiu “não propor, no corrente ano, a atribuição de um dividendo extraordinário em dezembro (como vinha acontecendo desde 2012)”.

Portugal contabiliza pelo menos 1.447 mortos associados à Covid-19 em 33.261 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado na quarta-feira.

Portugal entrou no dia 3 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, que sexta-feira foi prolongado até 14 de junho, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março. Esta fase de combate à Covid-19 prevê o confinamento obrigatório apenas para pessoas doentes e em vigilância ativa e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

Novas medidas entraram em vigor na segunda-feira, 1 de junho, com destaque para a abertura dos centros comerciais (à exceção da Área Metropolitana de Lisboa, onde continuarão encerrados até quinta-feira, pelo menos), dos ginásios ou das salas de espetáculos.

Estas medidas juntam-se às que entraram em vigor no dia 18 de maio, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

No sábado, regressaram as cerimónias religiosas comunitárias enquanto a abertura da época balnear acontecerá no próximo sábado, 6 de junho.