Abdelmalek Droukdel, o líder da organização terrorista Al-Qaeda no norte de África, terá sido morto na quarta-feira, durante uma operação levada a cabo pelas forças armadas francesas no Mali. O anúncio foi feito esta sexta-feira pela ministra da Defesa francesa, Florence Parly, no Twitter.

Na primeira publicação, a ministra adianta ainda que outros “colaboradores próximos” do líder foram também abatidos. “A 3 de junho, as forças armadas francesas, com o apoio dos seus parceiros, neutralizaram o emir Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM), Abdelmalek Droukdal e vários dos seus colaboradores próximos, durante uma operação no norte do Mali”, lê-se na publicação, acrescentando: “Esta luta essencial pela paz e estabilidade na região foi um grande sucesso”.

Noutra publicação, Florence Parly adianta ainda que, numa operação levada a cabo a 19 de maio, o comandante do Estado Islâmico no Mali, Mohamed Mrabat, foi capturado.

Segundo o Le Figaro, com mais de 40 anos, Abdelmalek Droukdel foi o responsável por vários atentados, sequestros e homicídios no continente africano. Sob a sua liderança, o AQIM levou a cabo vários ataques mortais, incluindo um ataque em 2016 a um hotel na capital do Burkina Faso, Ouagadougou, que fez 30 mortos e 150 feridos. Duas das vítimas mortais eram de nacionalidade portuguesa.

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Em 2012, foi condenado à pena de morte por um tribunal na Argélia depois de um julgamento à revelia — em que não estava presente — por homicídio, ataques terroristas com explosivos e por pertencer a uma organização terrorista. As acusações estavam relacionadas com três ataques bombistas na capital da Argélia, Argel, em abril de 2007, que mataram 22 pessoas e feriram mais de 200. A sentença nunca foi efetivada porque Abdelmalek Droukdel nunca foi capturado — até hoje.