As restantes seis das 13 pessoas que estavam no centro ilegal de apoio a carenciados, em Arroios, Lisboa, e que ainda não tinham sido realojadas, conseguiram alojamento através da Santa Casa da Misericórdia, anunciou esta terça-feira fonte da autarquia.

De acordo com fonte do gabinete do vereador da Câmara Municipal de Lisboa com o pelouro dos Direitos Sociais, Manuel Grilo (BE), “foram alojadas duas famílias de três pessoas” através da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

A mesma fonte já tinha adiantado à agência Lusa que sete das 13 pessoas tinham encontrado alojamento em quartos ou espaços de acolhimento.

Em causa está um centro de apoio para pessoas carenciadas, incluindo pessoas em situação de sem abrigo, localizado no Largo de Santa Bárbara, na freguesia de Arroios, criado por um grupo de pessoas que ocupou um antigo infantário abandonado e que foi alvo de um despejo na madrugada de segunda-feira.

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Cerca de uma dezena de seguranças privados entraram às 5h de segunda-feira naquele centro, para tentar despejar as pessoas que ali se encontravam, porque o espaço tinha sido ocupado ilegalmente.

Também na segunda-feira, várias pessoas ficaram feridas, incluindo três agentes da PSP, na sequência de uma tentativa de entrada neste edifício.

Durante o dia desta terça-feira, os vereadores o CDS-PP na Câmara de Lisboa acusaram vereador dos Direitos Sociais de defender a ocupação ilegal de um edifício para apoiar carenciados, classificando a sua posição como “inaceitável e inadmissível”.

Já o vereador social-democrata João Pedro Costa exigiu esclarecimentos ao presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), sobre este centro de apoio a pessoas carenciadas instalado ilegalmente.

Os vereadores do PCP questionaram a autarquia sobre se tinha conhecimento deste centro e também sobre quais as medidas que serão adotadas.