Noventa por cento dos empregos destruídos em Portugal nos meses de março e abril eram ocupados por mulheres e 38% eram de jovens até aos 24 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) referidos esta segunda-feira pelo Jornal de Negócios.

A crise provocada pela pandemia da Covid-19 fez com que o mercado de trabalho sofresse uma quebra, com empresas a despedir trabalhadores por não conseguirem pagar salários. Em abril, havia menos 50 mil empregos do que em fevereiro: 44,6 mil desses empregos pertenciam a mulheres, ou seja, foi registado um corte de 1,9% no emprego feminino, enquanto que nos empregos ocupados por homens a quebra foi apenas de 0,2%.

Segundo o Jornal de Negócios, em termos homólogos, o ritmo de destruição do emprego feminino foi de 2,4%, o dobro do registado nos empregos ocupados por homens. Os jovens também foram afetados pela crise gerada pela pandemia. Em março e abril, 19 mil empregos que antes eram ocupados por jovens foram destruídos. 38% do total de empregos destruídos nestes meses eram de jovens.

A principal causa apontada pelos especialistas para estes cortes no mercado de trabalho é o facto de mulheres e jovens terem vínculos laborais mais frágeis e, por isso, poderem perder o emprego mais facilmente. Uma das consequências da pandemia foi o encerramento das escolas e creches, o que também pode ter levado algumas mulheres a abandonar os seus empregos para poderem cuidar dos filhos.

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