Durante anos, não houve veículos desportivos, superdesportivos ou apenas agressivos que não optassem por jantes construídas pela BBS, o fabricante alemão de jantes especiais em liga leve, tão elegantes quanto apetecíveis. E os seus produtos não só se destinavam aos veículos de série, que a BBS também equipava, como sobretudo ao imenso mundo do tuning e dos preparadores, que necessitam de tornar os veículos mais atraentes com recurso a jantes mais belas e mais largas.

Mas nem só de veículos destinados a circular em estrada vivia a BBS, uma vez que a sua gama destinada a modelos de competição, especialmente provas de velocidade, era particularmente conhecida. Era mesmo um dos pilares de suporte da tremenda popularidade do fabricante germânico. Contudo, este histórico e reputação não foram suficientes para impedir a BBS de falir. Essencialmente porque as marcas, por um lado, e os clientes e preparadores, por outro, deixaram de comprar jantes especiais por causa da pandemia.

Esta não é a primeira vez que a BBS passa por calafrios deste tipo, uma vez que, já em 2007, a especialista alemã em jantes em liga de alumínio estava ameaçada de falência, de que apenas foi salva ao ser adquirida por uma empresa belga. Oito anos depois, em 2015, mais uma falência à vista e, mais uma vez, uma tábua de salvação para a BBS. Dessa vez, pela mão da companhia sul-coreana Nice Corp.

Segundo o que é relatado pela Motor Illustrated, as dificuldades actuais da BBS têm sobretudo a ver com o mercado alemão, estando relacionadas com a pandemia da Covid-19. As dúvidas que se levantam prendem-se com a possibilidade de esta ser mais uma fuga (no limite) a uma falência anunciada, ou se vai mesmo representar o fim da BBS. Pelo menos, no seu mercado mais importante, o alemão.

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