A Dourogás investiu 1,2 milhões de euros num novo posto de abastecimento de gás natural veicular (GNV) na Maia, distrito do Porto, integrado na rede do consórcio europeu Eco-Gate e preparado para receber hidrogénio e gás natural, foi anunciado esta quarta-feira.

“Com este novo posto, o Grupo Dourogás aumenta a rede de abastecimento de GNV para 10 pontos de venda, conseguindo fazer chegar este combustível a todo o território nacional — acompanhando a capilaridade das cadeias de abastecimento nacionais”, informou a empresa, em comunicado.

De acordo com a mesma nota, este novo posto está integrado na rede do consórcio europeu Eco-Gate, que estabeleceu uma rede de postos GNV nos corredores de abastecimento, em Portugal, Espanha, França e Alemanha. Desta forma, a empresa que abastece a frota de autocarros da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) reforça a sua oferta também no segmento de transporte de passageiros.

“Este investimento permite, assim, a Portugal dar cumprimento à Diretiva Europeia dos Combustíveis Alternativos (2014/94/CE) que compromete Portugal a implantar no território nacional postos de abastecimento de GNV”, acrescentou.

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O Governo aprovou no final de maio a estratégia nacional para o hidrogénio (EN-H2), que prevê investimentos de 7.000 milhões de euros “no horizonte 2030”, levando a uma redução da importação de gás natural de 300 a 600 milhões de euros.

Em conferência de imprensa, na ocasião, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, explicou que produzir hidrogénio faz parte da estratégia de eletrificação e redução das emissões de gases com efeito de estufa.

A EN-H2 contempla um grande projeto em Sines, que custará entre 4 e 4,5 mil milhões de euros dos 7.000 milhões, sendo o restante valor dividido por unidades mais pequenas, disse o ministro, explicando que dessa verba 85% será investimento privado.

De acordo com Matos Fernandes, “produzir hidrogénio em Portugal pode ser muito barato”, além de que os gasodutos existentes em Portugal estão em 70% prontos para distribuir hidrogénio”. Sines, disse o ministro, poderá em 2030 estar a produzir um gigawatt de energia com o hidrogénio.

O ministro do Ambiente lembrou também que em 2030 se pretende que no consumo final de energia 47% provenha de fonte renovável. Nessa altura o objetivo é também reduzir para 65% a dependência energética e em 35% o consumo de energia primária.

Matos Fernandes explicou ainda na mesma altura que o “hidrogénio verde” vai poder ser usado como fonte de energia no setor dos transportes, com a criação em paralelo de postos de abastecimento.