Macau perdeu cerca de sete mil trabalhadores não-residentes desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais divulgados esta segunda-feira pela Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL).

Macau registou o primeiro caso da Covid-19 no território a 22 de janeiro e, desde então, tem vindo a sofrer com o impacto económico e social da pandemia, sendo os mais visados os trabalhadores não-residentes, ou seja, aqueles com permissão de residência enquanto possuírem um visto de trabalho.

Em junho, segundo os dados da DSAL, trabalhavam em Macau 186.427 trabalhadores não residentes, em comparação com 193.498 no final de janeiro de 2020.

Já em relação ao período homólogo de 2019, Macau tem em junho quase menos quatro mil trabalhadores não-residentes.

Em fevereiro, Macau avançou com uma série de medidas de contenção da pandemia: enviou trabalhadores para casa, mandou encerrar os casinos durante pelo menos 15 dias, algo que levou à quase total paralisação da economia.

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Num território de cerca de 30 quilómetros quadrados, Macau registou em 2018 mais de 35 milhões de turistas e quase 40 em 2019, mas este ano, até junho, o número de visitantes foi apenas de pouco mais 3,2 milhões, menos 83,9% que no período homólogo do ano passado, num território cuja sua economia é altamente dependente do turismo.

Macau foi dos primeiros territórios a identificar casos de Covid-19, antes do final de janeiro. O último, o 46.º, detetado a 25 de junho, quando já não havia registo de novos casos desde 9 de abril, já recebeu alta hospitalar.

Macau não registou nenhuma morte relacionada com a doença e não identificou qualquer infetado entre os profissionais de saúde.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 645 mil mortos e infetou mais de 16 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).