Foram registados mais 203 novos casos positivos de infeção com Covid-19 em Portugal — a melhor quarta-feira em três meses. Desde o dia 29 de abril (quando se registaram 183 novas infeções) que o número de novos casos diários não era tão baixo. Desta vez, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde, o aumento em termos percentuais foi de 0,4% (dobrou de ontem para hoje) e eleva para 50613 o número de total de casos confirmados.

De ontem para hoje, também, morreram mais três pessoas, vítimas do vírus, valor que percentualmente se traduz num aumento de 0,2%, e que coloca o total de óbitos nos 1725. Todas as novas mortes foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, que continua a ser mais fustigada pela pandemia. Olhando para os últimos cinco dias há a registar um aumento total de oito mortes e 449 novos casos.

Nas últimas 24 horas registou-se ainda mais um caso de internamento motivado pela Covid-19 (um aumento de 0,2%) e mais duas entradas em Unidades de Cuidados Intensivos (mais 4,9%). Em sentido contrário, e num ponto de vista mais positivo, o número de casos recuperados aumentou para 35875, mais 249 que ontem.

No geral, estes novos dados colocam a taxa de letalidade do novo coronavírus em Portugal nos 3,41%, valor que parece manter a tendência de diminuição — na semana passada, por exemplo, rondava os 3,42%.

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Continuando a análise dos novos dados sobre a Covid-19 em Portugal, agora em termos de regiões, vê-se que Lisboa e Vale do Tejo continua a liderar a lista das zonas com maior número de infeções, registando um aumento de 146 novos casos de ontem para hoje (mais 0,6%). Cerca de 72% dos novos casos registados aconteceram nesta zona do país que é de longe a mais afetada.

Na região Norte houve mais 36 novos casos (aumento de 0,2%) enquanto na zona Centro, a terceira mais afetada do país, houve um aumento de 0,2% (sete novos casos). Na zona Sul o aumento foi de 0,6% (mais cinco novos casos) e o Alentejo foi a terceira região com mais novos casos nas últimas 24 horas: houve mais nove doentes a acusar positivo, um aumento de 1,3% ligado ao surto que teve origem “familiar e social”, em Póvoa de São Miguel, Moura, a 15 de julho, e que continua ativo. Conta já com 28 casos positivos identificados. Como Graça Freitas afirmou na conferência de imprensa desta quarta-feira, foram testadas “mais de 150 pessoas”, decisão que permitiu identificar os casos positivos.

À semelhança do que acontece há várias semanas, continua a não haver qualquer registo de novos casos nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.