O Alfa Pendular que circulava a 190 quilómetros / hora na estação de Soure quando foi abalroado por um veículo de serviço da Infraestruturas de Portugal (IP) que desrespeitou um sinal vermelho não foi o primeiro caso que chegou ao GPIAAF para investigar. Em 2016, quando este organismo investigava um acidente semelhante ocorrido no Areeiro, em Lisboa, detetou 13 casos deste géneros registados nos últimos anos. Durante a investigação ocorreram outros dois. Na altura, os quinze casos — que não tiveram consequências graves como o de sexta-feira em que morreram duas pessoas e 43 ficaram feridas — levaram à emissão de várias recomendações que, segundo o Público, terão sido ignoradas.

A 20 de janeiro de 2016, como recorda o Público, um veículo da Infraestruturas de Portugal (IP) passou um sinal vermelho na estação de Roma-Areeiro, em Lisboa, num caso que levou o GPIAAF a abrir uma investigação ao caso. Foi nessa altura que o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários perceberam que, desde 2010, tinham já sido registadas 13 situações semelhantes. Enquanto decorria esta investigação, ocorreram duas outras. Nestas, no entanto, as consequências foram apenas atrasos nos comboios e agulhas danificadas, até à última sexta-feira acontecer um acidente como o de Soure, que roubou vidas.

O relatório deste gabinete seria publicado dois anos e meio depois, em julho de 2018, e dele resultaram oito recomendações, das quais três não tiveram seguimento, segundo o Público, como melhorar a formação dos condutores daquelas máquinas (que não são maquinistas, mas sim técnicos de manutenção da infraestrutura) ou instalar um controlo de velocidade (Convel) naquelas composições à semelhança do que já acontece  com os comboios da CP, Fertagis, Medway e Takargo.

As histórias de quem viu, acudiu e viveu o descarrilamento de Soure

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