O presidente do CDS-PP considerou esta quinta-feira que o “brutal aumento do desemprego” registado em julho não é surpresa, mas “não pode se relativizado”, e defendeu uma estratégia “oposta à que tem sido seguida” pelo Governo.

Numa nota enviada aos jornalistas, Francisco Rodrigues dos Santos afirma que “o brutal aumento do desemprego, apesar de não ser uma surpresa, não pode ser relativizado” e considera que “há uma grande diferença entre o país de Costa [António Costa, primeiro-ministro] e o país que encosta”.

“Mesmo sabendo que terá uma almofada financeira vinda da Europa, o Governo escolheu travar a recuperação da economia, quando todos esperávamos que soubesse acelerá-la, ao ter diminuído o nível de ajudas e por não ter ido mais longe nos apoios”, criticou o líder democrata-cristão, advogando “uma estratégia oposta à que tem sido seguida pelo Governo, assente no patriotismo económico”.

Entre as medidas, o CDS destaca “a diminuição de impostos sobre as empresas, o emprego e redução dos custos de contexto“, a par de “medidas excecionais de apoio à economia e ao emprego” que tem vindo a defender desde o início da pandemia, como o “prolongamento do regime de layoff simplificado até ao final do ano, a eliminação dos pagamentos por conta, linhas de crédito a fundo perdido de apoio às empresas com maiores dificuldades e ainda a criação de um mecanismo de acerto de contas entre o Estado, e as famílias e as empresas”.

Para o presidente do CDS-PP, “o Governo, em vez de garantir que as empresas não encerram e de ajudar a salvar empregos —  mantendo aquilo que estava a funcionar bem, como o layoff simplificado, que se mostrou a medida mais estruturante para manter postos de trabalho —  preferiu complicar”.

O executivo do socialista António Costa “somou burocracia e complexidade, ao mesmo tempo que dificultou o acesso aos apoios e reduziu o número de beneficiários”, e “o resultado está à vista: o número de desempregados em Portugal disparou para os 407 mil”, critica ainda o centrista.

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