Depois da invasão à Academia Sporting, em Alcochete, nove jogadores apresentaram a rescisão unilateral alegando justa causa. Desses, um teve acordo imediato entre leões e outro clube, três resolveram mais tarde o diferendo, três voltaram atrás nesse mesmo verão de 2018. Dois anos depois, nenhum estará em Alvalade: Bas Dost voltou atrás, fez um novo contrato e saiu em agosto de 2019 para o Eintracht Frankfurt; Bruno Fernandes voltou atrás, fez um novo contrato, renovou esse mesmo vínculo e saiu em janeiro de 2020 para o Manchester United (naquela que foi a maior transferência de sempre do clube); Battaglia voltou atrás, fez um novo contrato e está agora de saída.

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“Obrigado a todos os sportinguistas por estes três anos cheios de intensidade! Tive a oportunidade de ganhar títulos, jogar a Champions e chegar à minha seleção. De levar a braçadeira de capitão. Passei momentos muito bons e cheios de felicidade. Também passámos momentos piores e de muita tristeza. Mas nunca soltei a mão a este grande clube, sempre o defendi com minha vida e alma em cada bola! Não posso deixar de agradecer a Portugal e a todo o povo português pela amabilidade durante estes seis anos e meio, um país fantástico! Obrigado”, escreveu nas redes sociais o médio argentino de 29 anos, que está a caminho dos espanhóis do Alavés.

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Rodrigo Battaglia também já avançou com carta de rescisão

Chegado a Portugal via Braga vindo do Racing em 2014, depois de se ter estreado como sénior no Huracán (embora tenha feito grande parte da formação no Veléz Sarsfield), Battaglia começou a dar nas vistas com uma grande época em que esteve cedido ao Moreirense, em 2014/15, antes de ser também emprestado ao Racing e ao Desp. Chaves, onde teve seis meses de destaque que valeram o regresso aos arsenalistas a meio da época. Em 2017, o Sporting, que tinha então Jorge Jesus no comando, pagou 4,5 milhões de euros aos minhotos por 80% do passe.

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Em Alvalade, Battaglia conquistou duas Taças da Liga mas teve dois anos particularmente atribulados: depois da invasão à Academia, onde foi um dos alvos principais, rescindiu contrato com os leões, voltou atrás, recuperou a titularidade mas sofreu uma rotura de ligamentos em novembro, o que lhe retirou o resto da época de 2018/19. Na última temporada, o argentino fez um total de 20 jogos, numa época marcada também pelos quatro treinadores que passaram por Alvalade (Marcel Keizer, Leonel Pontes, Silas e Rúben Amorim). Agora, o médio americanos irá rumar à Liga espanhola, onde jogará no Alavés por empréstimo por uma época em 2020/21 ficando ainda com uma cláusula de opção que deverá ficar fixada nos cinco milhões de euros.

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A SAD verde e branca consegue assim resolver o primeiro “problema” entre os jogadores que não entram nas contas de Rúben Amorim para a próxima temporada, naquela que é agora a principal prioridade dos dirigentes de Alvalade: resolver a situação dos excedentários. No que toca às entradas, e depois das confirmações de Antunes, Pedro Porro, Pedro Gonçalves, Feddal, Adán e Nuno Santos, o Sporting vai receber ainda pelo menos mais uma cara nova (mas podem ser mais) em quem os responsáveis depositam muitas esperanças.