Em 2019, as convenções do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com privados custaram mais de 507 milhões de euros. O valor, noticiado pelo Correio da Manhã (link para assinantes), consta do relatório anual “Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do SNS e Entidades Convencionadas”, do Ministério da Saúde, e representa um aumento de 7% face a 2018.

Segundo o CM, as áreas que representam uma fatia maior nos encargos do Ministério da Saúde junto dos privados são as análises clínicas (186,4 milhões de euros) e a radiologia (114,2 milhões de euros) e ambas registaram um aumento nos custos face a 2018 (176,4 milhões e 107,6 milhões, respetivamente). Esta situação é justificada com a aplicação, entre 2017 e 2019, de um desconto sobre a fatura e de uma redução dos preços, o que terá feito aumentar a procura por estes serviços, explica o mesmo jornal.

Nos 507 milhões de euros não estão incluídos os vales-cirurgia e as despesas com hemodiálise. No caso desta última, 92,2% dos 12.179 doentes tiveram de ser tratados em unidades privadas. Já as cirurgias decorreram maioritariamente (89,4%) em hospitais do SNS — um total de 704.235  a 628.282 utentes — na região Norte. A zona da Grande Lisboa foi a segunda onde mais operações foram realizadas.

Em 2019, foram emitidos menos vales-cirurgia — 249.962 face aos 250.924 de 2018. De acordo com o relatório consultado pelo CM, no final do ano passado, havia 242.942 pessoas em lista de espera para operações.

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